Dados do Trabalho

Título

CONHECIMENTO TEORICO DO INALADOR DOSIMETRADO ENTRE GRADUANDOS DE MEDICINA

Introdução

Os inaladores dosimetrados (IDs) são os dispositivos mais utilizados para administração de fármacos em doenças respiratórias obstrutivas. Erros na utilização dos IDs são frequentes. O conhecimento da técnica inalatória (TI) entre os graduandos de medicina é fundamental.

Objetivos

Avaliar o conhecimento (geral e específico) da TI do ID entre os graduandos do curso de medicina da 3ª a 12ª fases da UFSC e comparar o conhecimento das fases iniciais (3a-5a) (FIs) com as fases finais (6a-12a) (FFs).

Métodos

Estudo transversal que avaliou o conhecimento da TI dos IDs por aplicação de questionário online. Foram coletados dados demográficos, conhecimento geral do ID (explicação recebida; explicação para um paciente; ciência da disponibilidade no SUS), bem como conhecimento específico do passo-a-passo da TI avaliado através da frequência das seguintes orientações corretas (OCs): Retirar a tampa, agitar o inalador, segurar o inalador verticalmente, conectar espaçador ao frasco, acoplar o espaçador entre os lábios ou sem espaçador com distância de 2-3 cm da boca, ou acoplar diretamente na boca, expiração profunda, inspiração adequada (lenta e > 3s) com profundidade e sustentada por 10 segundos, expiração habitual, inalação seguinte em >60 s., limpeza da cavidade oral, limpeza do espaçador/ frasco com pano úmido. Qualquer passo orientado de forma diferente foi considerado como orientação incorreta (OI). Na opção “não sei” considerou-se o desconhecimento da etapa. Comparou-se o conhecimento geral e específico entre participantes das FIs com os das FFs. Aprovação CEP-UFSC com No 4.822.132.

Resultados

Dos 145 graduandos, 95 já haviam recebido alguma informação sobre uso do ID durante o curso (65%). A maioria já tinha presenciado o uso do ID (86,2%), desconhecia que o ID está disponível no SUS. (83,3%) e nunca havia orientado o ID para um paciente (64,1%). Apenas 11,7% dos alunos utilizavam regularmente alguma espécie de inalador. Destes, a maioria (66,7%) usava o ID. Metade não soube orientar nenhum dos passos da TI do ID. As OCs mais frequentes foram: agitar o frasco (61,4%), remover a tampa (52,4%), orientar a possibilidade de acoplamento a espaçador com máscara (51,0%), posicionamento do inalador (48,3%) e orientar expirar o máximo possível (47,6%). Os graduandos das FFs (n=83) estavam mais informados em relação à disponibilidade do inalador no SUS (22%) (p<0,02), receberam mais explicação sobre ID (92,8%) (p< 0,001), presenciaram mais alguém utilizando o ID (91,6%) (p<0,001); bem como (57%) (p=0,03). explicaram mais o uso para algum paciente de forma significativamente maior em relação às FIs. (n=62). As frequências da OCs da TI das FFs foram significativamente maiores do que aquelas das FIs para todos as etapas do ID. (p<0,01).

Conclusões

Em geral, o conhecimento dos participantes sobre o ID é considerado baixo. Durante o curso, os alunos presenciaram mais as etapas da TI, recebem mais instrução sobre o ID e demonstraram melhora do conhecimento específico em todas as etapas de orientação da TI do ID.

Área

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