Dados do Trabalho


Título

INFLUENCIA DA FUNÇAO PULMONAR NA FORÇA MUSCULAR PERIFERICA E RESPIRATORIA DE PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇAO CARDIOVASCULAR

Introdução

Redução da função pulmonar está associada a maiores taxas de mortalidade geral e por doenças cardiovasculares (DCV) e indivíduos com essas doenças podem apresentar fraqueza muscular tanto respiratória quanto esquelética periférica, que são importantes contribuintes para a intolerância ao exercício. Entretanto, pouco se sabe sobre a influência da função pulmonar desses indivíduos sobre tais variáveis físicas.

Objetivos

Comparar a força muscular de quadríceps e dos músculos respiratórios de participantes de um programa de reabilitação cardiovascular (PRCV) com e sem distúrbios respiratórios.

Métodos

Foram avaliados dados de 29 participantes de um PRCV, os quais inicialmente tiveram sua função pulmonar avaliada por meio da espirometria (MIR-Spirobank II – Mini Spirometer, Itália), seguindo as recomendações das Diretrizes para Teste de Função Pulmonar de Pereira 2002 e, posteriormente, foram divididos em dois grupos (G1 e G2) de acordo com os valores de referência para espirometria forçada em brasileiros adultos de Pereira 2007. Os grupos apresentaram as seguintes características: G1 (Participantes com função pulmonar normal; n= 17; 10 homens; idade: 72,88±9,82 anos; IMC: 28,26±3,00 kg/m²; CVF/VEF1: 104,65±3,23; CVF: 95,53±10,55) e G2 (Participantes com distúrbios restritivos ou obstrutivos; n= 12; 9 homens; idade: 73,75±9,15 anos; IMC: 29,48±5,44 kg/m²; CVF/VEF1: 94,83±12,44; CVF: 84,75±21,88). A avaliação do pico de força muscular do quadríceps foi realizada por meio da dinamometria digital (Meditec, Brasil) e a força dos músculos respiratórios foi avaliada por meio de um manuvacuômetro analógico calibrado em cmH2O (GerAr®, Brasil). A porcentagem do predito da Pressão Inspiratória Máxima [PImáx] e da Pressão Expiratória Máxima [PEmáx] de cada participante foi analisada considerando as equações desenvolvidas por Pessoa (2007). A comparação das médias entre os grupos foi feita pelo test t de Student para dados não pareados ou teste de Mann-Whitney, de acordo com a normalidade dos dados (Shapiro-Wilk). O nível de significância adotado foi de 5%. CAAE: 35831220.8.0000.5402

Resultados

Em participantes com função pulmonar normal foram observados maiores valores de PImáx (129,82±37,45 vs. 97,00±44,45; p=0,04) e força de quadríceps (37,06±9,38 vs. 30,13±8,69; p=0,03). Quanto a PEmáx, não foi observada diferença significante entre os grupos (121,82±44,97 vs. 125,39±21,59; p=0,60).

Conclusões

Participantes de um PRCV com distúrbios respiratórios apresentaram menores valores da força muscular inspiratória e da força muscular periférica quando comparados a participantes com função pulmonar normal.

Área

Função Pulmonar

Instituições

FCT/UNESP - Faculdade de Ciências e Tecnologia - São Paulo - Brasil

Autores

JÉSSICA MALEK DA SILVA, DYOVANA GOMES PINHEIRO, MARIA JÚLIA LOPEZ LAURINO, LUIZ CARLOS MARQUES VANDERLEI