Dados do Trabalho


Título

RESSECÇAO CIRURGICA DE LESAO ACTINICA DE PAREDE TORACICA POS-RADIOTERAPIA: RELATO DE CASO.

Descrição do caso

Objetivo: Relatar o caso de paciente com lesão actínica em parede torácica anterior, pós-radioterapia por câncer de mama, submetida a toracectomia e reconstrução da parede torácica com tela e retalho.
Relato do caso: Mulher de 47 anos, parda, com histórico de carcinoma ductal invasivo de mama à esquerda, submetida a mastectomia e linfadenectomia axilar há 3 anos, seguido de hormonioterapia e 25 sessões de radioterapia com proposta curativa. Ao término da radioterapia evoluiu com queimadura na parede anterior do hemitórax esquerdo, na altura do 4º arco costal esquerdo, de aspecto ulcerado, com exposição óssea, de difícil cicatrização. A paciente referia aumento progressivo da lesão e dor crônica intensa. Devido risco de recidiva tumoral foi realizada biópsia em dois momentos, que demonstrou lesão livre de neoplasia. Foi encaminhada pela equipe da mastologia para a cirurgia torácica para avaliação quanto a possibilidade de ressecção da lesão. O caso foi discutido em conjunto com a cirurgia plástica sendo decidido por abordagem cirúrgica. A paciente foi submetida a costectomia parcial do 3º, 4º e 5º arcos e retirada da peça em bloco, devido aderências firmes do parênquima pulmonar na topografia da lesão, optou-se por alocar dois drenos de tórax para melhor vazão da fístula aérea. Foi aplicada tela de polipropileno dupla face em toda a área da parede torácica ressecada. Em seguida foi abordada pela equipe da cirurgia plástica para reconstrução da parede com retalho do músculo reto abdominal. No pós-operatório paciente evoluiu com isquemia e deiscência na borda supero-medial do retalho, com necessidade de reabordagem pela cirurgia plástica após 2 meses para desbridamento e ressutura do retalho. Evoluiu novamente com necrose e deiscência da borda superior do retalho, com cicatrização sem sucesso mesmo após o uso de curativo à vácuo. Após um mês apresentou saída de secreção purulenta, com culturas positivas para pseudomonas e E. coli. Optado, então, por reabordagem em conjunto para retirada da tela infectada e novo desbridamento e ressutura do retalho. Paciente evoluiu com nova deiscência da borda superior da ferida operatória, porém sem sinais infecciosos. Mantém seguimento ambulatorial, com realização periódica de curativo, apresentando boa cicatrização e redução progressiva da área de deiscência. Paciente apresentou melhora da dor local e resultado estético satisfatório.

Área

Cirurgia Torácica

Instituições

Universidade Estadual Paulista - UNESP - São Paulo - Brasil

Autores

ANA RACHEL KOURY, ANA RACHEL KOURY, IVANA TEIXEIRA AGUIAR, IVANA TEIXEIRA AGUIAR, ERICA NISHIDA HASIMOTO, ERICA NISHIDA HASIMOTO, ISADORA RUBIRA FURLAN, ISADORA RUBIRA FURLAN, AGLAIA MOREIRA GARCIA XIMENES, AGLAIA MOREIRA GARCIA XIMENES, TARCISIO ALBERTIN REIS, TARCISIO ALBERTIN REIS, MONICA LOUISE OLIVEIRA LIMA, MONICA LOUISE OLIVEIRA LIMA, RAUL LOPES RUIZ JR, RAUL LOPES RUIZ JR, DANIELE CRISTINA CATANEO, DANIELE CRISTINA CATANEO, ANTONIO JOSE MARIA CATANEO, ANTONIO JOSE MARIA CATANEO, WEBER RIBOLLI MORANGAS, ARISTIDES AUGUSTO PALHARES NETO