Dados do Trabalho
Título
RESSECÇAO TUMORAL DE CONDROSSARCOMA RARO EM PAREDE TORACICA: UM RELATO DE CASO
Descrição do caso
Os condrossarcomas são tumores malignos prevalentes entre a quarta e sexta décadas de vida, ocupando 20% dos sarcomas ósseos e, identificam-se o mais comum em adultos. A ressecção cirúrgica do condrossarcoma primário de parede torácica leva a um bom desfecho, com menores probabilidades de recidivas e metástases. Deste modo, o trabalho oferece uma abordagem bem sucedida a ser utilizada como precedente em futuros casos e que contribuirá para aprimorar o diagnóstico e a abordagem terapêutica garantindo uma melhor qualidade de vida aos indivíduos acometidos.
Neste trabalho é descrita ressecção de condrossarcoma em arcos costais realizado no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo – Jundiaí, em paciente feminina, 23 anos, com história prolongada de diagnostico de osteocondroma, ressecções anteriores, recidiva tumoral e histórico genético familiar, que procurou atendimento devido percepção do novo tumor torácico há um ano com crescimento importante nesse tempo. Refere que iniciou dor em hemitórax esquerdo com irradiação para região interescapular e parestesia de MSD. Ao exame físico, apresentava abaulamento proeminente em região torácica superior esquerda e RNM indicou lesão expansiva em arco costal com reação osteohipertrofica, e cintilografia óssea com projeção do arco costal de aspecto insuflativo e grau acentuado. Realizada biópsia por videotoracoscopia, com anatomopatológico e imunohistoquimica indicativos de tumor cartilaginoso de baixo grau, sem diferenciação. Devido evolução para piora dos sintomas, optou-se por toracotomia para ressecção de tumor e toracoplastia através de incisão paraesternal e inframamária. Foi retirada lesão após desinserção do músculo peitoral maior e ressecada massa e arcos costais, que foram fixados com placas metálicas. A reconstrução da parede torácica foi realizada com tela de marlex. O estudo anatomopatológico da peça cirúrgica evidenciou condrossarcoma grau 1, lesões bem diferenciadas e de baixo grau que acometem principalmente ossos longos e crescem lentamente com recidiva local.
No caso estudado, após avaliação oncológica, foi excluída a necessidade de quimio ou radioterapia, tendo sido a excisão cirúrgica ampla com margens livres de tumor suficiente. A paciente apresentou boa recuperação devido reconstrução da parede torácica estável e preservação de funcionalidade do membro superior. Conforme descrito na literatura, a boa cobertura muscular e a estabilização do gradil costal, oferecem redução do tempo de internação. A paciente evoluiu com princípio de quadro infeccioso abordado por videotoracoscopia e vigilância infecciosa, sem outras intercorrências e boa evolução.
Área
Cirurgia Torácica
Instituições
Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil, Hospital de Caridade São Vicente de Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
THIAGO GANGI BACHICHI, THAMIRES FERNANDES PAZETTI, GABRIELA YAMADA KUCHARSKI, TIAGO DA SILVA SANTOS, DAVI GANGI BACHICHI, TONY TOBIAS JUNIOR, EVALDO MARCHI