Dados do Trabalho
Título
Tromboembolismo Pulmonar: perfil epidemiológico e clínico de hospitalizados e óbitos no Brasil no ano de 2008 a 2020
Introdução
Tromboembolismo Pulmonar (TEP) é um quadro emergente, subdiagnosticado e letal. É ocasionado pelo desprendimento de um trombo (coágulo de sangue) da parede de um vaso sanguíneo do sistema venoso profundo, que percorre a circulação sanguínea (denominando-se êmbolo) e, atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos. Dessa forma é gerada a hipóxia aguda que rapidamente leva o paciente à óbito.Essa patologia, por ser um quadro abrupto, causou no Brasil, de 2016 a 2020, 34.177 óbitos.Caracteriza-se como a terceira causa de morte mais presente em âmbito hospitalar, atrás apenas do infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Tendo em vista a gravidade do TEP e sua alta mortalidade, é imprescindível o conhecimento do quadro clínico e epidemiologia do embolismo pulmonar por parte dos profissionais de saúde.
Objetivos
Descrever perfil epidemiológico e clínico de pacientes hospitalizados e óbitos por Tromboembolismo Pulmonar no Brasil entre os anos de 2008 a 2020.
Métodos
O estudo foi realizado por meio por meio de dados coletados de artigos científicos do Scientific Eletronic Library Online, Scielo; Diretriz de Embolia Pulmonar, Editor André Volschan; Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na subseção do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Resultados
Em relação aos hospitalizados houve uma tendência crescente na taxa de internação por EP no Brasil, variando de 2,57 em 2008 para 4,44/100.000 em 2019 (AAPC=5,6%; p<0,001). Os custos totais e médios das internações também foram crescentes no país (AAPC=9,2%).Inclinações semelhantes foram observadas na maioria das regiões. O tempo médio de internação no Brasil apresentou tendência estacionaria. A taxa de internação também aumentou em 18 estados (66,67%)O Número de óbitos registrados por TEP no Brasil de 2016 a 2020 foi 34.177, sendo 14.325 (41,9%) homens e 19.845 (58,1%) mulheres. A média e desvio padrão da taxa de mortalidade no Brasil são, respectivamente, 3/100mil e 0,31, e ao analisar as mesmas medidas por gêneros, temos 3/100mil e 0,25 para homens e 4/100mil e 0,39 para mulheres, com diferença estatisticamente significante (valor de p<0,05).De acordo com os dados, o quadro clínico clássico dos pacientes de TEP foi dividido em dois principais grupos clássicos de achados: embolias pequenas (submaciças) e embolias grandes (maciças) que envolve tosse,dispneia,dor torácica,taquicardia e taquipneia.
Conclusões
O estudo apresentou de resultado relevante que o tromboembolismo pulmonar é mais recorrente em pessoas da faixa etária de 80 anos ou superior, e eleva conforme idade. Foi apontado que os pacientes hospitalizados no Brasil por TEP aumentou 9,2% nos últimos anos, concomitante a um aumento no número de óbitos registrados de 2008 a 2020. Destaca-se informações e dados relevantes a respeito dos quadros clínicos típicos dos tipos de embolia pulmonar, além de suas diferentes formas de manifestação.
Área
Outros
Instituições
UNAERP - São Paulo - Brasil
Autores
VITORYA VANINI CARDOSO, JULIA SIQUEIRA PIRES