Dados do Trabalho
Título
ANALISE DOS RESULTADOS POS OPERATORIOS E DESCRIÇAO DE TECNICA DE TIMECTOMIAS VIDEOTORACOSCOPICA POR ACESSO SUBXIFOIDE
Introdução
A técnica videotoracoscópica subxifóidea já evoluiu para diversas variações: uniportal com ou sem uso gás insuflado; acesso
videoassistida com incisão mais ampla (podendo combinar com incisão cervical); uso de retrator e elevação do esterno e mais recente com a plataforma robótica. Na abordagem cirúrgica foi realizada uma incisão para ótica 10mm na região subxifóidea e um portal subcostal de 5mm de cada lado. Utilizamos insuflação de CO2 para dissecção da gordura mediastinal. Na nossa abordagem não usamos elevador de esterno e nem ressecamos o apêndice xifóide.
Objetivos
Analisar de forma descritiva resultados pós operatórios de pacientes submetidos a timectomia videotoracoscópica pela técnica subxifoide com ou sem miastenia gravis.
Métodos
Análise retrospectiva de dados coletados do prontuário eletrônico dos pacientes do Hospital de Base/ FAMERP. Revisadas as timectomias pelo acesso subxifoide de novembro de 2019 até julho de 2023. Foram incluídos apenas pacientes adultos, sendo selecionados 12 para acesso subxifoide (tanto pacientes com massa mediastino anterior como miastênicos não-timomatosos). Foram analisados dados demográficos (sexo, idade, comorbidades, presença ou não de miastenia) e resultados cirúrgicos como complicações (incluindo taxa de conversão para cirurgia aberta), e tempo de internação (dias em unidade de terapia intensiva e enfermaria). Realizamos também descrição da técnica que utilizamos atualmente.
Resultados
Dos 12 pacientes (6 do sexo feminino e 6 do sexo masculino) apenas 02 apresentaram complicações devido a sangramento da veia inominada, com necessidade de conversão para esternotomia para melhor controle vascular. O posicionamento em decúbito dorsal horizontal, sem lateralização facilitou o acesso em casos de complicações. A média de tempo de internação em leito de UTI foi de 01 dia e de enfermaria de 2 dias. Um dos pacientes submetido à conversão permaneceu 24 dias internado em decorrência de complicações clínicas.
Conclusões
Na nossa experiência, o acesso subxifoide mostrou-se seguro e com uma boa visão para o mediastino anterior e seus limites entre ambos os nervos frênicos. Numa comparação simples com nossos casos de timectomia videotoracoscópica lateral, esses pacientes não apresentaram maior média de dias de UTI nem do tempo de permanencia do dreno ou internação total em relação ao acesso lateral. Porém salientamos que deve haver seleção de pacientes que não possuam circunferência abdominal considerável para que não atrapalhe o manuseio das pinças e ergonomia do cirurgião.
Área
Cirurgia Torácica
Instituições
HOSPITAL DE BASE/FAMERP - São Paulo - Brasil
Autores
ISAAC FARIA SOARES RODRIGUES, CELSO MURILO NALIO MATIAS DE FARIA, HENRIQUE NIETMANN, THAIS DELLA ROVERI CANOVAS, JULIANA RESENDE DA SILVA, EDUARDO HELIO INTELIZANO DE SOUZA, MARIANA QUADROS GALVANI, INGRID LOUISE ALVES DA SILVA